terça-feira, 19 de dezembro de 2023

 


DDS: O que é, como fazer e 20 sugestões de temas para aplicar

Apesar de simples, o DDS necessita de uma boa estratégia e também de uma condução adequada, atraindo a atenção da equipe e apresentando temas relevantes para o dia a dia do time. Veja como elaborar um DDS e dicas de temas para abordar. 

O que é DDS?

O DDS é a sigla para Diálogo Diário de Segurança, um encontro rápido, com duração média de 5 a 15 minutos para orientar a equipe sobre os riscos de suas funções e quais práticas devem ser adotadas para evitá-los. 

Apesar do termo DDS não estar presente em nenhuma norma regulamentadora, as NRs exigem que as empresas informem os funcionários dos riscos presentes no ambiente de trabalho e as medidas preventivas exigidas. E é através do DDS que essa conscientização acontece. 

É importante que o DDS seja conduzido por um profissional da segurança do trabalho ou algum especialista no assunto, junto da liderança do time. 

Além de assuntos relacionados a medidas de segurança e prevenção, o DSS pode tratar de temas como meio ambiente, higiene, saúde mental, organização, limpeza, rotinas de trabalho e comunicação no ambiente profissional. 

Para que serve o DDS?

O DDS serve como uma ferramenta para diminuir a incidência de acidentes de trabalho, através da conscientização das equipes sobre: 

  • Formas mais seguras de trabalhar; 
  • Atitudes perigosas a serem evitadas;
  • Rotinas diárias de cada área;
  • Ações emergenciais de primeiros socorros;
  • Identificação de perigos potenciais. 

Além disso, o DDS também é responsável por garantir que todos estejam alinhados sobre boas práticas de trabalho e que a equipe esteja engajada com essas práticas, aumentando a produtividade e segurança de todo o time. 

Qual a importância do DDS?

O DDS é o principal canal de comunicação entre a equipe técnica e os gestores. É ele que faz com que todos estejam a par de perigos e ações preventivas, responsáveis por garantir a segurança coletiva no ambiente de trabalho. 

O encontro também auxilia na: 

  • Criação de rotinas de trabalho mais saudáveis;
  • Melhora de produtividade;
  • Instrução e capacitação da equipe;
  • Diminuição de acidentes;
  • Conscientização; 
  • Engajamento do time na execução do trabalho;
  • Aumento da qualidade das atividades. 

Quais são as vantagens do DDS?

Como vimos, o principal motivo de implementação de uma rotina de DDS é diminuir a incidência de acidentes de trabalho, mas o DDS também traz outros benefícios às empresas que o adotam, como: 

  • Reforça conhecimentos adquiridos em palestras, cursos e treinamentos;
  • Relembra procedimentos de emergência;
  • É uma metodologia dinâmica, que prende a atenção das pessoas;
  • Coloca o funcionário em alerta diariamente;
  • Aumenta a saúde dos funcionários;
  • Promove integração entre o time e os gestores;
  • Abre um espaço seguro para trocas. 

Quais são os melhores temas para DDS? 

Preparamos alguns temas de DDS que você pode começar a aplicar hoje mesmo. Confira quais são: 

1. DDS sobre percepção de risco 

O DDS de percepção de risco deve ser aplicado para desenvolver a capacidade de percepção de riscos pelo profissional, dentro do ambiente de trabalho. 

Assim, os funcionários conseguem identificar o risco rapidamente e agir para evitá-lo. São exemplos de riscos que podem ser abordados: físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. 

Ao longo do DDS é possível destacar atitudes que prejudicam a percepção de risco e que, portanto, devem ser evitadas. São exemplos: 

  • Agir por impulso, sem racionalizar sobre o que está acontecendo;
  • Considerar apenas riscos que resultam em acidentes recentes e esquecer os de longo prazo, como doenças ocupacionais;
  • Acreditar que porque está no controle, está sempre em segurança;
  • Não desconfiar das situações por excesso de experiência e familiaridade;
  • Excesso de confiança;
  • Ausência de capacitação. 

2. DDS trabalho em equipe

Para promover a segurança, o trabalho em equipe é fundamental, e essa pode ser outra temática a ser abordada no DDS. 

Na elaboração do DDS certifique-se de abrir um espaço para troca de ideias, implementar processos que foram sugeridos pela equipe e incluir demais ações que fomentem a participação de todo o time. 

Mostre que o DDS é um espaço seguro para compartilhamento de ideias e sugestões. Você verá que muito mais do que segurança no trabalho, o DDS desenvolverá a produtividade e a harmonia da equipe.  

3. DDS capacete de segurança 

Por mais que algumas pessoas possam reclamar do uso do capacete de segurança, ele evita que muitos acidentes fatais aconteçam, porque protege o técnico de qualquer impacto externo. 

No DDS sobre capacete de segurança, você pode relembrar a equipe de alguns cuidados que devem ser adotados com o uso desse EPI, por exemplo: 

  • Não usar capacetes trincados ou fissurados; 
  • Não usar carneira estragada;
  • Não usar gorros ou bonés abaixo do capacete; 
  • Lava-lo com sabão neutro;
  • Não introduzir objetos entre a carneira e o casco;
  • Comunicar a liderança sempre que alguma alteração o danifique.

E finalize com o lembrete de que o uso do capacete de segurança pode significar a diferença entre a vida e a morte.

4. DDS protetor auricular 

O protetor auricular é outro EPI de uso indispensável para equipes que trabalham com ruídos, seu uso evita a perda de audição e melhora a saúde dos ouvidos. 

Em um DDS sobre o tema, você pode chamar atenção para os cuidados do uso do equipamento, garantindo que ele oferecerá a proteção de que o técnico precisa. 

Inclua na apresentação recomendações como: 

  • Lave o aparelho com sabão neutro;
  • Deixe-o secar na sombra, evitando ressecamento;
  • Não use protetor sujo ou empoeirado;
  • Guarde o aparelho em locais fechados, evitando contato com insetos;
  • Não misture o protetor com roupas sujas;
  • Não saia com o protetor na rua;
  • Não manuseie o aparelho com mãos sujas;
  • Não deixe o aparelho entrar em contato com produtos químicos;
  • Protetores de espuma devem ser usados e descartados;
  • Use sempre o mesmo protetor, na mesma orelha;
  • Não compartilhe o equipamento;
  • Em caso de problemas com a audição, procure um médico. 

5. DDS ergonomia 

A ergonomia está relacionada ao conforto na execução do trabalho. O cuidado com ela evita problemas e lesões desenvolvidas por má postura e trabalho repetitivo, por exemplo.

Use o DDS para repassar as posturas de trabalho adequadas a cada equipe e reforçar a necessidade de execução de práticas laborais. Deixe o DDS mais interativo convidando o time a desenvolver, junto de você, algumas práticas de ginástica laboral: 

  • Movimentação circular e estiramento do pescoço;

  • Alongamento de antebraços e costas;
  • Extensão de peitoral e ombros;
  • Flexão de quadril;
  • Alongamento da coluna vertebral;
  • Alongamento de panturrilha;
  • Mobilidade de tornozelos;
  • Alongamento dos flexores e extensores do punho. 

6. DDS saúde mental 

A saúde é uma ótima temática para abordar dentro de um DDS, por isso a saúde mental é outro assunto muito importante a ser trabalhado nesses encontros. 

Separe momentos para ouvir o relato do time, suas angústias e medos. Também estimule e desenvolva a equipe para identificar sinais de suicídio e ensine como conseguir ajuda para quem está precisando. 

O assunto pode ser relembrado durante a campanha de setembro amarelo, mas lembre-se que esse é um assunto indispensável para o ano todo. Aborde questões como estresse, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 

7. DDS NR 35 

A NR 35 diz respeito ao trabalho em altura, regulamentando todas atividades que acontecem acima dos 2 metros a partir do nível inferior.  

O DDS para esse tipo de atividade pode relembrar alguns pontos importantes da normativa que precisam ser colocados em prática: 

  • Antes de iniciar os trabalhos, é necessário realizar uma Análise Preliminar de Risco (APR) mapeando todos os riscos da atividade;
  • O uso do cinto do tipo paraquedista é obrigatório em trabalhos com risco de queda com duplo talabarte;
  • Em lugares que não permitem fixação do cinto de segurança é obrigatório o uso de linha vida ou cabo guia;
  • Andaimes e cimbramentos devem seguir as exigências da norma e possuir placa de identificação assinada por quem realizou a montagem e por um profissional de segurança;
  • Edificações verticais devem ter guarda-corpos (h=120cm) em todo o perímetro;
  • Escadas de acesso a partir de 2 metros precisam apresentar guarda corpos ou acesso interno. 

8. DDS meio ambiente 

O DDS sobre meio ambiente ajuda a equipe a ter maior conhecimento sobre como suas atitudes interferem no meio ambiente e também estimula a mudança de hábitos cotidianos, trazendo mais sustentabilidade. Alguns temas que podem ser tratados: 

  • Consciência ecológica;
  • Coleta seletiva;
  • Geração e destinação de resíduos;
  • 3 Rs;
  • Impactos ambientais do desperdício de água;

  • Atitudes sustentáveis; 
  • ISO 14001;
  • Lixo tecnológico;
  • Ecologia;
  • Reciclagem;
  • Riscos ambientais;
  • Educação ambiental. 

9. DDS proteção das mãos 

Acidentes nas mãos representam cerca de ⅓ dos 2.000.000 acidentes incapacitantes que acontecem por ano e a maioria desses acidentes acontecem por pontos de pinçamento. 

Algumas dicas de cuidados essenciais com as mãos são:

  • Usar luvas adequadas para cada atividade e com o ajuste correto;
  • Usar dispositivos próprios para a atividade, no lugar das mãos, quando possível;
  • Não usar alianças e anéis durante as atividades;
  • Conhecer o funcionamento e os riscos de um equipamento antes de usá-lo;
  • Ficar em alerta ao usar estiletes e facas;
  • No manuseio de carga, proteger as mãos para que elas não se prendam entre ou embaixo dos objetos; 
  • Não manusear equipamentos cortantes em direção ao corpo;
  • Manter as unhas cortadas;
  • Manter a mão longe de engrenagens; 
  • Evitar exposição a produtos nocivos; 
  • Proteger polias e correias, que formam pontos de pinçamento;
  • Ao manusear objetos verificar se sua mão não está suja de graxa ou óleo. 

10. DDS EPI 

O DDS de EPI pode servir para reiterar o uso correto de cada equipamento, expor em quais casos cada item deve ser utilizado e explicar quais são os riscos relacionados ao uso incorreto dos EPIs. 

Aproveite e também relembre as obrigações da equipe: 

  • Usar o EPI apenas para a finalidade a qual se destina;
  • Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos equipamentos;
  • Comunicar qualquer problema que impeça o uso do EPI.

11. DDS cuidado com os olhos 

Cerca de 20% dos acidentes de trabalho que acontecem no país afetam os olhos de alguma forma, segundo dados da previdência social. No ano de 2018 foram aproximadamente 108.806 CATs abertas por lesões nos olhos. 

Todos esses dados mostram a importância de realização de um DDS sobre cuidado com os olhos. Reforce quais situações podem causar o acidente: 

  • Partículas voantes (de metal, madeira);
  • Poeiras;
  • Respingos de produtos;
  • Névoas irritantes;
  • Radiações.

 E também as formas mais comuns de prevenção, como: 

  • Conhecer o local de trabalho e as ferramentas usadas nas atividades;
  • Realizar a inspeção do ambiente e das ferramentas, antes de começar o trabalho,  identificando possíveis riscos;
  • Conhecer os produtos que são utilizados;
  • Participar dos treinamentos;
  • Seguir os procedimentos de segurança da empresa;
  • Usar óculos de segurança de acordo com o tipo de risco ao qual se está exposto; 
  • Verificar onde está o chuveiro lava olhos e seu funcionamento. 

12. DDS ruído 

O ruído pode causar inúmeros males à saúde do trabalhador: estresse, fadiga, dores de cabeça, irritação, insônia e até surdez. Tudo depende do tipo de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto), intensidade, qualidade (sons agudos são mais prejudiciais), tempo de exposição, idade e susceptibilidade individual. 

O DDS deve alertar para os graus de surdez que o ruído pode causar: 

  • Trauma acústico: É desenvolvido após a exposição a ruídos intensos como o de explosões e impactos e pode se transformar em uma surdez temporária ou permanente. Outros sintomas são: aceleração da pulsação, aumento de pressão sanguínea e aumento na liberação de hormônios;
  • Surdez temporária: dificuldade de audição passageira, percebida depois da exposição a ruídos intensos (Se a exposição for consistente a surdez temporária pode se transformar na surdez permanente); 
  • Surdez permanente: Perda irreversível da capacidade auditiva por exposição intensa à ruídos, sem equipamentos de proteção.

13. DDS ferramentas manuais 

Instrumento diário de trabalho, as ferramentas muitas vezes têm seu uso negligenciado. Seja por hábito ou excesso de confiança é muito comum que esse tipo de acidente aconteça nas empresas. 

Os motivos variam entre improviso, uso incorreto, defeitos, má conservação e até por manter a ferramenta desprendida no bolso. Para evitar esses riscos o DDS deve enfatizar os cuidados necessários: 

  • O armazenamento deve ser feito em caixas ou armários;
  • As ferramentas devem passar por inspeções e avaliações de desgastes; 
  • O transporte deve ser realizado em caixas ou cintos de ferramentas; 
  • Opte por utilizar ferramentas com isolante;
  • Mantenha as ferramentas limpas, com cabos firmes e inteiros;
  • Utilize cera em pasta para conservar as lâminas;
  • Ferramentas com ferrugem devem ser lavadas com diluentes e palha de aço;
  • Ao identificar problemas, encaminhe a ferramenta para manutenção.

14. DDS primeiros socorros 

Os primeiros socorros são ações imediatas após um acidente de trabalho e devem estar embasadas em três princípios básicos: rapidez de atendimento, reconhecimento e reparação de lesões. 

Os profissionais devem estar preparados e capacitados para exercerem os primeiros socorros de acordo com o tipo de acidente: ferimentos, fraturas, hemorragia, choque elétrico, queimadura, intoxicação, insolação e entorse. 

Cabe ao DDS evidenciar quais devem ser ações para cada tipo de acidente e dicas gerais de como agir em emergências: 

  • Identificar e isolar o local do acidente;
  • Verificar se não há fatores de risco presentes no ambiente (fios elétricos soltos ou descascados, fumaça, líquidos inflamáveis, objetos cortantes e risco de desabamento);
  • Usar luvas e calçados impermeáveis quando possível; 
  • Não demonstrar a gravidade das lesões à vítima por meio de comentários ou expressões faciais;
  • Realizar o procedimento conhecido como ABC: 
    • A: Verificar se a passagem de ar não está obstruída;
    • B: Conferir se a respiração não está sendo realizada com dificuldade;
    • C: Analisar a circulação e monitorar a frequência cardíaca.
  • Em caso de inconsciência, realizar massagem cardíaca e chamar a emergência; 

11. DDS cuidado com os olhos 

Cerca de 20% dos acidentes de trabalho que acontecem no país afetam os olhos de alguma forma, segundo dados da previdência social. No ano de 2018 foram aproximadamente 108.806 CATs abertas por lesões nos olhos. 

Todos esses dados mostram a importância de realização de um DDS sobre cuidado com os olhos. Reforce quais situações podem causar o acidente: 

  • Partículas voantes (de metal, madeira);
  • Poeiras;
  • Respingos de produtos;
  • Névoas irritantes;
  • Radiações.

 E também as formas mais comuns de prevenção, como: 

  • Conhecer o local de trabalho e as ferramentas usadas nas atividades;
  • Realizar a inspeção do ambiente e das ferramentas, antes de começar o trabalho,  identificando possíveis riscos;
  • Conhecer os produtos que são utilizados;
  • Participar dos treinamentos;
  • Seguir os procedimentos de segurança da empresa;
  • Usar óculos de segurança de acordo com o tipo de risco ao qual se está exposto; 
  • Verificar onde está o chuveiro lava olhos e seu funcionamento. 

12. DDS ruído 

O ruído pode causar inúmeros males à saúde do trabalhador: estresse, fadiga, dores de cabeça, irritação, insônia e até surdez. Tudo depende do tipo de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto), intensidade, qualidade (sons agudos são mais prejudiciais), tempo de exposição, idade e susceptibilidade individual. 

O DDS deve alertar para os graus de surdez que o ruído pode causar: 

  • Trauma acústico: É desenvolvido após a exposição a ruídos intensos como o de explosões e impactos e pode se transformar em uma surdez temporária ou permanente. Outros sintomas são: aceleração da pulsação, aumento de pressão sanguínea e aumento na liberação de hormônios;
  • Surdez temporária: dificuldade de audição passageira, percebida depois da exposição a ruídos intensos (Se a exposição for consistente a surdez temporária pode se transformar na surdez permanente); 
  • Surdez permanente: Perda irreversível da capacidade auditiva por exposição intensa à ruídos, sem equipamentos de proteção.

13. DDS ferramentas manuais 

Instrumento diário de trabalho, as ferramentas muitas vezes têm seu uso negligenciado. Seja por hábito ou excesso de confiança é muito comum que esse tipo de acidente aconteça nas empresas. 

Os motivos variam entre improviso, uso incorreto, defeitos, má conservação e até por manter a ferramenta desprendida no bolso. Para evitar esses riscos o DDS deve enfatizar os cuidados necessários: 

  • O armazenamento deve ser feito em caixas ou armários;
  • As ferramentas devem passar por inspeções e avaliações de desgastes; 
  • O transporte deve ser realizado em caixas ou cintos de ferramentas; 
  • Opte por utilizar ferramentas com isolante;
  • Mantenha as ferramentas limpas, com cabos firmes e inteiros;
  • Utilize cera em pasta para conservar as lâminas;
  • Ferramentas com ferrugem devem ser lavadas com diluentes e palha de aço;
  • Ao identificar problemas, encaminhe a ferramenta para manutenção.

14. DDS primeiros socorros 

Os primeiros socorros são ações imediatas após um acidente de trabalho e devem estar embasadas em três princípios básicos: rapidez de atendimento, reconhecimento e reparação de lesões. 

Os profissionais devem estar preparados e capacitados para exercerem os primeiros socorros de acordo com o tipo de acidente: ferimentos, fraturas, hemorragia, choque elétrico, queimadura, intoxicação, insolação e entorse. 

Cabe ao DDS evidenciar quais devem ser ações para cada tipo de acidente e dicas gerais de como agir em emergências: 

  • Identificar e isolar o local do acidente;
  • Verificar se não há fatores de risco presentes no ambiente (fios elétricos soltos ou descascados, fumaça, líquidos inflamáveis, objetos cortantes e risco de desabamento);
  • Usar luvas e calçados impermeáveis quando possível; 
  • Não demonstrar a gravidade das lesões à vítima por meio de comentários ou expressões faciais;
  • Realizar o procedimento conhecido como ABC: 
    • A: Verificar se a passagem de ar não está obstruída;
    • B: Conferir se a respiração não está sendo realizada com dificuldade;
    • C: Analisar a circulação e monitorar a frequência cardíaca.
  • Em caso de inconsciência, realizar massagem cardíaca e chamar a emergência; 

11. DDS cuidado com os olhos 

Cerca de 20% dos acidentes de trabalho que acontecem no país afetam os olhos de alguma forma, segundo dados da previdência social. No ano de 2018 foram aproximadamente 108.806 CATs abertas por lesões nos olhos. 

Todos esses dados mostram a importância de realização de um DDS sobre cuidado com os olhos. Reforce quais situações podem causar o acidente: 

  • Partículas voantes (de metal, madeira);
  • Poeiras;
  • Respingos de produtos;
  • Névoas irritantes;
  • Radiações.

 E também as formas mais comuns de prevenção, como: 

  • Conhecer o local de trabalho e as ferramentas usadas nas atividades;
  • Realizar a inspeção do ambiente e das ferramentas, antes de começar o trabalho,  identificando possíveis riscos;
  • Conhecer os produtos que são utilizados;
  • Participar dos treinamentos;
  • Seguir os procedimentos de segurança da empresa;
  • Usar óculos de segurança de acordo com o tipo de risco ao qual se está exposto; 
  • Verificar onde está o chuveiro lava olhos e seu funcionamento. 

12. DDS ruído 

O ruído pode causar inúmeros males à saúde do trabalhador: estresse, fadiga, dores de cabeça, irritação, insônia e até surdez. Tudo depende do tipo de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto), intensidade, qualidade (sons agudos são mais prejudiciais), tempo de exposição, idade e susceptibilidade individual. 

O DDS deve alertar para os graus de surdez que o ruído pode causar: 

  • Trauma acústico: É desenvolvido após a exposição a ruídos intensos como o de explosões e impactos e pode se transformar em uma surdez temporária ou permanente. Outros sintomas são: aceleração da pulsação, aumento de pressão sanguínea e aumento na liberação de hormônios;
  • Surdez temporária: dificuldade de audição passageira, percebida depois da exposição a ruídos intensos (Se a exposição for consistente a surdez temporária pode se transformar na surdez permanente); 
  • Surdez permanente: Perda irreversível da capacidade auditiva por exposição intensa à ruídos, sem equipamentos de proteção.

13. DDS ferramentas manuais 

Instrumento diário de trabalho, as ferramentas muitas vezes têm seu uso negligenciado. Seja por hábito ou excesso de confiança é muito comum que esse tipo de acidente aconteça nas empresas. 

Os motivos variam entre improviso, uso incorreto, defeitos, má conservação e até por manter a ferramenta desprendida no bolso. Para evitar esses riscos o DDS deve enfatizar os cuidados necessários: 

  • O armazenamento deve ser feito em caixas ou armários;
  • As ferramentas devem passar por inspeções e avaliações de desgastes; 
  • O transporte deve ser realizado em caixas ou cintos de ferramentas; 
  • Opte por utilizar ferramentas com isolante;
  • Mantenha as ferramentas limpas, com cabos firmes e inteiros;
  • Utilize cera em pasta para conservar as lâminas;
  • Ferramentas com ferrugem devem ser lavadas com diluentes e palha de aço;
  • Ao identificar problemas, encaminhe a ferramenta para manutenção.

14. DDS primeiros socorros 

Os primeiros socorros são ações imediatas após um acidente de trabalho e devem estar embasadas em três princípios básicos: rapidez de atendimento, reconhecimento e reparação de lesões. 

Os profissionais devem estar preparados e capacitados para exercerem os primeiros socorros de acordo com o tipo de acidente: ferimentos, fraturas, hemorragia, choque elétrico, queimadura, intoxicação, insolação e entorse. 

Cabe ao DDS evidenciar quais devem ser ações para cada tipo de acidente e dicas gerais de como agir em emergências: 

  • Identificar e isolar o local do acidente;
  • Verificar se não há fatores de risco presentes no ambiente (fios elétricos soltos ou descascados, fumaça, líquidos inflamáveis, objetos cortantes e risco de desabamento);
  • Usar luvas e calçados impermeáveis quando possível; 
  • Não demonstrar a gravidade das lesões à vítima por meio de comentários ou expressões faciais;
  • Realizar o procedimento conhecido como ABC: 
    • A: Verificar se a passagem de ar não está obstruída;
    • B: Conferir se a respiração não está sendo realizada com dificuldade;
    • C: Analisar a circulação e monitorar a frequência cardíaca.
  • Em caso de inconsciência, realizar massagem cardíaca e chamar a emergência; 

2. Busque diferentes abordagens 

O DDS não é uma palestra, o objetivo é que todos participem e que seja de fato um diálogo entre gestores, funcionários, equipe técnica e especialistas em segurança do trabalho. Por isso, procurar diferentes abordagens que estimulem essa participação é essencial. 

Fuja do comum, não comece todo DDS do mesmo jeito. Incremente a apresentação variando os temas, os tipos de conteúdo e até as pessoas que realizam o diálogo. 

Algumas ideias: 

  • Convide outras pessoas para conduzir o DDS;
  • Use vídeos que ajudem a fixar os conteúdos; 
  • Traga notícias relacionadas ao tema da semana para serem discutidas; 
  • Realize dinâmicas; 
  • Traga dados; 
  • Faça benchmarking; 
  • Use exemplos do dia a dia, sem citar nomes. 

E, claro, não se esqueça de ter uma boa comunicação, pensando no entendimento de quem estará presente na apresentação. Seja claro, objetivo e evite jargões muito técnicos. 

3. Envolva os trabalhadores

Não se esqueça de prever espaços durante o planejamento do DDS para a participação dos colaboradores. Reserve os minutos finais para as contribuições. 

Outra ação para estimular a participação é fazer um DDS focado em evidenciar atitudes positivas por parte dos colaboradores e premiar aqueles que estão interagindo mais. 

4. Registre os DDS

Registre todo o processo de DDS, incluindo as escolhas dos temas e a forma como os conteúdos foram abordados para que eles não se repitam. Também não se esqueça de registrar a lista de presença em cada encontro. 

Outro bom motivo para fazer o registro do DDS, é que ele tem valor documental uma vez que formaliza as exigências das NRs sobre a divulgação de informações aos funcionários, por parte das empresas, sobre os riscos de suas funções e a adoção de medidas preventivas. 

Dicas para criar um bom DDS 

Agora que você já sabe tudo sobre o processo de elaboração do DDS, aqui estão mais cinco dicas que vão tornar o encontro mais dinâmico e participativo. 

1. Divulgue as datas com antecedência 

A divulgação com antecedência é importante para que todos consigam se programar e comparecer ao DDS. Por esse motivo, deixe claro a periodicidade, datas de realização, horário e local, assim não restarão dúvidas. 

2. Escolha temas atuais 

Ao escolher temas atuais é possível prender a atenção dos colaboradores, fazer com que o interesse pelo DDS aumente e melhorar a participação. 

Pesquise em jornais, traga histórias interessantes, estudos de caso, acontecimentos do dia a dia e deixe um canal aberto para sugestões do time. 

3. Opte por DDS mais curtos e rápidos

O que faz o DDS ser tão eficaz na prevenção contra acidentes é que ele é curto, simples, dinâmico e não demanda muito tempo da equipe. Isso contribui para que as informações fiquem frescas na memória e ainda faz com que os colaboradores consigam se concentrar melhor. 

Por isso, procure ser objetivo e incentivar reflexões. Faça apresentações sucintas e bem visuais.

4. Aposte em um DDS para descontrair através de dinâmicas 

As dinâmicas têm o intuito de prender a atenção da equipe e estimular sua participação. Separamos dois exemplos para você implementar: 

Dinâmica sobre integridade  

Para essa dinâmica você vai precisar de uma fita adesiva, três folhas de papel e canetas. 

Para começar, siga o passo a passo da atividade: 

  • 1º: Solicite a participação de três pessoas;
  • 2º: No primeiro voluntário, passe a fita adesiva nos dedos polegar e indicador da mão direita e peça que ele pegue uma folha de papel e dobre-a quatro vezes;
  • 3º: No segundo voluntário passe a fita em toda a mão direita, cobrindo os 5 dedos e peça para que ele desamarre e amarre novamente o cadarço dos sapatos;
  • 4º: No terceiro voluntário passe a fita no dedo indicador e no dedo médio e peça que ele escreva seu nome em uma folha de papel. 

Através desse exercício você pode abordar a dificuldade de realizar tarefas simples com a restrição de movimentos dos dedos e da mão. 

Dinâmica batata quente 

Para realização dessa dinâmica você vai precisar de papéis, canetas, uma caixa e uma música. A dinâmica se dará da seguinte forma: 

  • 1º Peça para que cada colaborador escreva no papel alguma dúvida sobre os procedimentos de segurança da empresa;
  • 2º Reúna todas as dúvidas em uma caixa;
  • 3º Coloque os colaboradores dispostos em círculo;
  • 4º Ligue a música;
  • 5º Instrua os colaboradores a passarem a caixa para quem está ao seu lado até a música parar;
  • 6º Quem estiver com a caixa quando a música parar, vai sortear um papel, ler a pergunta e tentar responder;
  • 7º Caso a pessoa que sorteou a pergunta, não saiba responder, os colegas podem ajudar.

Ao final da dinâmica várias dúvidas sobre segurança serão sanadas e um canal de comunicação é aberto com a equipe. 

No kit DDS elaborado Produttivo, você pode baixar gratuitamente um ebook que reúne uma série de dinâmicas diferentes para você aplicar no seu DDS. Veja mais sobre o material:

5. Estimule feedbacks 

Para melhorar a execução do DSS você precisa saber o que a equipe pensa e quais contribuições têm a acrescentar. Por isso crie canais para compartilhamento de feedbacks, sugestões, experiências e dúvidas. 

Reúna todas as opiniões e sugestões e veja como pode aplicar ao longo dos encontros. Melhore o controle de segurança do trabalho da sua empresa com o software do ProduttivoAgende e acompanhe inspeções; crie checklists, ordens de serviço e relatórios; monitore indicadores de operação e comprove a execução do serviço com recursos de segurança, direito do celular e sem precisar de acesso à internet. 

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